Salvador Dali - uma exposição e várias indagações

Salvador Felipe Jacinto Dali, espanhol, nascido em 1904. Com 12 anos entrava no mundo impressionista.

Dali, o artista que se autoproclamava divino e genial, umas das principais e mais populares figuras da história da arte moderna. É também controverso e com posições políticas provocativas.

Criador da "paranóia-crítica" , do universo onírico, ele ainda participava na difusão científica de sua época. Tanto que em 1932, o doutor Jacques Lacan se interessou pelas teorias de paranóias de Dali. E em 1938, se encontra com Sigmund Freud, telas com símbolos e órgãos fálicos a olhos vistos. Dali choca a sociedade ao pintar o quadro Guilherme Tell, 1938, e faz de Lênin um monstro.

Após a bomba de Hiroshima e Nagazaki, 1945, Dali entra na sua "era atômica" e trabalha com Walt Disney e Alfred Hitchcock. Mas o amor pelo cinema não foi correspondido.

Segundo Dali, "a paranóia se serve do mundo exterior para fazer valer ideias obsessivas, com a particularidade de manter a veracidade dessas ideias aos outros. A realidade do mundo exterior serve como ilustração e prova e é colocada a serviço da realidade do nosso espírito". Ele ainda diz que é " como Leonardo, eu quero saber tudo, entender as relações das coisas é a minha preocupação (...) é muito importante para o artista ter um senso de desenvolvimento do cosmos. Eu sou muito mais importante como gênio cósmico que como pintor". Frases da época da descoberta da dupla fita de DNA e da teoria tempo- espaço de Einstein.

Dali se casou, no civil, com Gala, em 1934. Em 1968, participou em Nova York da exposição Surrealismo, dadaísmo e sua herança, no MoMA. Em 1974, foi aceito na academia de belas artes do Instituto da França. Morre aos 85 anos, em 23 de janeiro de 1989.

Texto baseado no texto da Exposição de Dali, Centre George Pompidou, Paris, França. Centre Pompidou, maior museu de arte moderna da Europa. A exposição reúne mais de 120 quadros, objetos, desenhos, filmes e documentos. E tem como temática o diálogo entre o óleo e o cérebro do pintor e dos expectadores.



Comentários

  1. Acho que Dali foi o Raul Seixas da pintura. Uma metamorfose ambulante que viveu como achava que devia viver.

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  2. Com as devidas proporções, concordo!!!

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