Despedir nunca é fácil
Hoje foi um dia triste, atípico. Eu não esperava me despedir de você assim, tão de repente, tão assustada! Que bomba de notícia foi essa, tio Helcio? Com ela vieram as lágrimas, a tristeza, mas também a lembrança e o carinho. Lembrança do caminhão, lembrança dessa mão grande e pesada, mas que você usava para passar na nossa cabeça, lembrança de deitar no meio da rua num colchão ou numa colcha e ficar brincando sem hora pra acabar, lembrança de um casamento feliz, lembrança dos meninos pequenos, lembrança da Colina, lembrança da Prainha, lembrança da Rasa em Ponte Nova... Caçarola! Você talvez não saiba, talvez nunca tenha se dado conta da importância que teve e tem na minha vida. Você me ensinou a ver um mundo simples, de pessoas simples, de amor ao próximo, de solidariedade, de paciência. Eu nunca terei a chance de dizer: Obrigada tio, por ter me ensinado tanta coisa e por ter participado de tantos momentos felizes na minha vida! Vou sentir saudades, aliás já estou sentindo. Hoj...